AliBaba

AliBaba e os seus quarenta amigos, mais os que se vão juntando ao grupo, merecem uma atenção especial. Este é um observatório atento Às MANOBRAS.

2004-08-07

28 anos

Íamos os três. Tu ainda aconchegado na barriga da mãe. Eu guiando com imenso cuidado fugindo de todos os grãos de areia para o carro não baloiçar demais. De cem em cem metros parávamos para respirarmos, todos, à cão. Tínhamos recebido lições sobre a técnica de o fazer bem. Às vezes também me apeteceu ladrar, outras uivar, mas não foi da técnica. À tua mãe também apeteceu. Não sei o que é que te passava pela cabeça naquela altura, mas devias estar a gozar com a cena. Na clínica a história continuou. Na noite anterior, em casa dos tios, passámos pelo mesmo. A certa altura foi necessário ir a casa buscar uma outra mala. Fui bem depressa e voltei. A ideia era assistir. Quando chegou a hora lá te resolveste. Que tripa ! Tanto esforço para isto? Para a mãe foi um alívio. Choraste pouco e adormeceste. Desde pequenino. Telefonei aos avós do Porto e de Lisboa e fui para casa. Dormi até que a família começou à minha procura no dia seguinte, ia a tarde avançada. A genética não é para aqui chamada.